6 de dezembro de 2008

Literatura Apócrifa Comentada (e Avacaiada) (3)

Nota do Editor:

Substituição:

Sai: Madame Ke

Entra: Dona Baratinha

O veneno destilado por Madame Ke foi tanto que ela própria se intoxicou. Passou mal.

Como a esculhambação tem que continuar, tivemos que substituí-la por outra crítica literária.

Assim, chamamos Dona Baratinha pra assumir o posto. Vocês vão ver que barata também tem veneno!

* * * * *

INSTANTES
(Jorge Luiz Borges)

(Carai, que ódio! Esse poema merda de novo!)

Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido.

(Bicha velha, que não saiu da caixa, e hoje, com a arruela murcha, já não tem mais como queimar.)

Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico, correria mais riscos, viajaria mais.
Contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas,
nadaria mais rios.

(Tudo que não fez quando moça, faria diferente neste momento de reflexão e perobagem: seria uma mona alegre e espetaculosa, não faria banhos de assento, curtiria sexo selvagem e grupal com os cafuçus arrastados a rodo da bouaite, iria para Paris na primavera para acasalar gostoso às margens do Sena, onde iria nadar depois do amor. Tudo isso ao som de Ricky Martin: Livin’ La vida loca! Aiiii!)

Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente
cada minuto da sua vida: claro que tive momentos de alegria.

(Chupa que é de uva, fi duma ronquifuça!)

Mas se pudesse voltar a viver,
trataria de ter somente bons momentos.
Eu era um desses que nunca ia à parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente e um pára-quedas:

(Essa bicha está querendo passar a Brigada Paraquedista em revista! Ana Néri de Marechal Hermes, exercitobrasileiro.gov.br é o seu email.)

se eu voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.

(Usa uma Melissa que a senhora fica fashion, minha tia! E quando for viajar, não se esqueça do hidratante para a cútis e do KY para o olho do cu, just in case de um sexo aeronáutico.)

Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres
e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.

(Resumindo: rodaria a bolsa na vizinhança pra economizar o táxi, vararia a noite na putaria e/ou pedofilia e ainda faz drama quando sabemos que o Cuzco ainda pulsa. Hehehe)


Um comentário:

Kenia Mello disse...

Essa Dona Baratinha é rochedo!! Hehehe