27 de julho de 2005

A frase da semana


"Os políticos e as fraldas devem ser mudados freqüentemente pelas mesmas razões."

24 de julho de 2005

Dia do Amigo em tempos de mensalão


Para: Fábio
De: Marcio Bourbon
Data: Thu, 21 Jul 2005 17:50:47 -0800 (PST)
Assunto: Que Tal um "Land Rover" Ami


Caro Amigo,

Infelizmente não pude enviar uma mensagem de carinho no dia do amigo, pois, estava muito ocupado tentando comprar um "Land Rover" para vc (melhor que o do Silvio Pereira, Claro!). Sei que nossa amizade vale muito mais do que isso, mas, enquanto ele não chega, envio esta simples mensagem de carinho (Para vc colocar no Pára-brisa do "Land" e lembrar sempre de mim):

Amigos sabem quando serão amigos
Pois compartilham momentos, dão força
Estão sempre lado a lado
Nas conquistas, nas derrotas
Nas horas boas e nas difíceis

Amizade nem sempre é pensar do mesmo jeito
Mas abrir mão de vez em quando
Amizade é ter um irmão
Que não mora na mesma casa

É compartilhar segredos, emoções
É compreensão, é diversão
É contar com alguém sempre que precisar
É ter algo em comum

É não ter nada em comum
É não ter nada em comum mesmo
É saber que se tem mais em comum do que se imagina

É sentir saudade
É querer dar um tempo
É dar preferência
É bater um ciúme

Amizade que é amizade nunca acaba
Mesmo que a gente cresça
E apareçam outras pessoas no nosso caminho
Porque amizade não se explica

Ela, simplesmente existe.


FELIZ DIA DO AMIGO

(Afinal, para o amigo, todo dia é dia do amigo...)

Marcinho


P.S: Ei, Você já comprou o meu "Land Rover"? Se não, quando for, lembra que eu quero da cor Verde Musgo, Tá!

3 de julho de 2005

A frase da semana


AIDS: fudeu, pegou. Pegou, fudeu.

2 de julho de 2005

Pergunte a Madame Ke


Prezadíssima Madame,

Eu sou um metrossexual assumido. Desde pequeno gosto muito de me cuidar e, por isso, uso cremes para a pele, só ando de barba feita e bem perfumado. A-do-ro me vestir bem e usar roupas de grifes. Como a minha situação financeira permite, eu nunca descuido do visual. Também me considero uma alma sensível: pratico meditação e ioga, faço poesias, sei cozinhar bem e me interesso por artes plásticas e teatro.


O problema é que, apesar não ser gay, os meus amigos me tratam como se fosse um. Eu até explico que metrossexual não é sinônimo de homossexual, mas não adianta. Eles falam que metrossexual, na verdade, é um novo nome pra "bicha rica" ou "bicha emergente". Ando estressado, deprimido e triste com isso, pois ninguém compreende que sou um homem super-vaidoso e, ao mesmo tempo, que não é gay. O que faço?

Ediglérisson Lucas, por e-meio


* * * * * *

Caro consulente Edi,

Desta vez não usarei os pressupostos freudianos que tanto norteiam minhas consultas. Também não recorrerei aos princípios holísticos e metafísicos que tornaram a minha enigmática e renomada pessoa "A Lenda. O Mito". Tudo isso porque percebo que você precisa, nesse momento, mais de um ombro amigo do que de um aconselhamento profissional. Deixemos as formalidades de lado e conversemos como amigas, como se estivéssemos em meu sofá, tomando aquela xícara de chá inglês Twinings (of course), que você tanto deve apreciar por ser uma pessoa fina e sofisticada.

Não acho que você é gay, Edi. Sei que você está sofrendo por causa do preconceito dos seus amigos, mas acho que você não deveria dar atenção a esses comentários, pois receio que se trata de puro despeito. Sim, porque você é uma criatura meiga, sensível e aberta às novidades do mundo. Isso posto (com toda delicadeza, claro), digo que você deve ignorar tão maldosos comentários e prosseguir na busca incessante do novo creme anti-rugas de alcance profundo. Você não tem culpa da insensibilidade dos seus amigos pé-rapados: eles te invejam porque você sabe a diferença entre as cores sépia e fúcsia. Porque você sabe se vestir na última e, por fim, sabe cozinhar, dom supremo e raro encontrado na espécie masculina. Não dê bola (nem caçapa) para esses seus amigos falsos e deletérios.

Agora, se você deseja acabar com esse stress todo e dar a volta por cima (de preferência usando um belo par de Prada), eu te aconselho a realmente liberar a folha de flandres. Sim, por que qual a mulher que vai se sujeitar a dividir a maquiagem Shiseido, carérrima, com você? Qual a que vai aceitar bem a idéia de você ter menos celulites e estrias que ela? E o seu cabelo cair menos e ter a cutícula mais possante? Claro que nenhuma! É sabido que por causa da testosterona cabelos e unhas masculinas são mais fortes. Saber de tudo isso não é nada! Triste é ver o fato todo dia, enquanto se luta com o pente para domesticar as madeixas ou serrar aquela unha que inventou de quebrar justo quando todas estavam do mesmo tamanho!

E quando você tiver aquele conhecido faniquito feminino chamado "estou sem roupa", mesmo com o closet abarrotado de peças deslumbrantes e quiser pegar emprestado aquele tubinho preto CC (Coco Chanel, ignorantes) que é o coringa que ela usa em qualquer situação de pouca inspiração? Qual vai ser a mulher que vai querer alguém ao seu lado que entenda mais de decapagem, baby-liss, balaiage e mechas negativas do que ela? Qual a criatura do gênero feminino que, em sã consciência, vai tolerar que o companheiro saiba de mais exercícios para enrijecer os glúteos do que o seu personal trainer saradão e natureba?

Pois é, querido Edi, acho que você se encontra numa encruzilhada e, pior, na pele (de pêssego, claro) da própria galinha preta (chiquérrima, porém básica). Mas como você mesmo disse ser um "homem super-vaidoso", não vejo nada de mais em fazermos uma troquinha na posição das duas vogais desse adjetivo superlativizado... Tudo vira, então, uma questão semântica. E você sabe que Semântica é t-u-d-o, não é?


Madame Ke, sua amiga de infância



Madame Ke só não é a Garota de Ipanema porque mora em Boa Viagem.

Quem nunca toma mé...


Pernambuco bebendo para o mundo
Giovanni Soares

Na minha última visita ao meu cardiologista, sem querer querendo fui chegando assim de mansinho me enchi de coragem e inquiri: "Doutor, fim de ano tá aí, posso 'brindar' com vinho, whiskie ou Vodka?"

O doutor, gente boa pracarai, e que só é chato em relação ao cigarro, disse que eu podia 'brindar', e que o problema com álcool era se fosse intenso, ou aceso, numa garrafa plástica, por uma criança. Noutras palavras, eu posso até tomar uma (uma mesmo, não mais que isso) de vez enquando, desde que com moderação, e não reserve todos os meus possíveis tragos devezenquandais para um dia só, e que o problema fundamental era evitar o salgadinho...

Falar em beber de uma vez só, isso me alembrou o caso de Socorro. Uma simpática senhora oriunda das bandas do Sertão do Fiofó, de onde o mala Marcelo Vai Tomar no Cu escreve um blog sobre as notícias do cu do mundo.

Pois a danada nunca tinha bebido, e, embora fosse super gente fina (na simpatia, pq era gordinha até umas horas) vivia enchendo a paciência de Zé, seu marido, por causa de cachaça. A culpa nunca podia ser de Zé, mas do pai de Zé, já que esse cidadão chamava-se, e ainda chama-se, espero, Zé Dionísio, ou seja, a versão Grega pra sempre cultuado em Roma, Baco, deus do Vinho.

Embora não houvesse Culto a Baco, ou cu tabaco como sugere o pleonasmo formado, as cachaças bebidas naquela casa eram divinais.

Certo dia, mais precisamente uma terça feira de carnaval, num é que Socorro inventou de encher a lata com uma garrafa de Teachers, que estava solitária e carente em cima da mesa! Resultado, ficou Socorro sendo socorrida pela mãe, irmã e presentes, dando um vexame daqueles, e levando baldes e mais baldes de água, detalhe é que, no agreste e sertão, água geralmente deixa a sensação térmica bem mais abaixo do que é normal.

A boa parte foi que a mulher se transformou. Gritava aos quatro cantos, entre gargalhadas homéricas, que "não sabia que ficar beba era tão bom", e que "se soubesse que um 'titchizinho' (como lhe saía pronunciado o nome da nobre marca escocesa) era tão bom, nunca teria brigado com seu marido por causa de cachaça..."

É como diz o ditado: "quem nunca toma mé, quando toma só abusa..."

A quarta feira de cinzas foi de uma ressaca hercúlea para aquela mulher, mas, dito e feito, nunca mais ela xingou Zé Dionísio por causa da danada da cachaça.

Bota um "brindezinho" pra mim aí, siminino!



Giovanni Soares é papudinho aposentado pelo INSS e ex-presidente do SINPAP. Este texto também foi publicado no blog do autor, Pernambuco Bebendo Pelo Mundo.