13 de setembro de 2005

Um Pesadelo


SoGréia


Coronel Yanossauro

Bas noite!

Como é que o sinhô tá?

Homi, eu é que não tô lá muito bom, não... O sinhô tá me vendo aqui encorujado né de doença não, é de enjôo, mesmo. Apois esta noite passada, de onte pra hoje, num tive um dos piores pesadelos da minha vida? Apois foi sim, um pesadelo. Eu sonhei que, cum perdão da má palavra, Zélia Mentirinha me aparecia pela frente e uma voz me dizia que eu, pra num morrer, tinha que (ugh!) beijá-la.

E o pior é que eu fraquejei, Dotô! Eu, sujeito home, que mama em onça e num tem medo de nada neste mundo, fraquejei e, pra num morrê, beijei aquela desgraçada! Agora deu nisso, tô derna que me acordei gritando que não posso comigo. Ou tô vomitando (de nojo ainda, ugh!) ou então fico aqui pensando na vida, na fraqueza que eu tive no sonho... Será que isso quer dizer alguma coisa, dotô? Será que eu tô amoleceno? Será a velhice chegano?

Agora... O sinhô me adiscurpe que vô lá drento tomá um chazinho de boldo pra ver se paro de vomitar... Té mais!


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