18 de setembro de 2005

A frase da semana


"A vida nas grandes cidades está cada vez mais desumana. Os mudos já não se falam, os cegos nem se olham, e os manetas não se cumprimentam mais!"

17 de setembro de 2005

Oportunidade Única


Caderno de Classificados - Empregos



Mande já o seu currículo para lá! Afinal, não é toda empresa que paga em dia e ainda dá cinco meses de férias aos seus empregados! Não perca essa chance!

Pergunte a Madame Ke


Queridíssima Madame,

Só tu que és maravilhosa, linda, meiga, poderosa, simpática, inteligente, lipoaspirada, culta e etc e tal pode responder a essa questão com a qual vivo encafifado.

Há algum tempo, eu tenho uma tara por garrafas de vidro verde-escuras. Isso mermo: ao ver uma garrafa dessa cor, quero levar pra casa imediatamente. Já acumulei mais de 100 garrafas dessas na minha coleção particular. Tenho de todos os tamanhos e formatos: grandes, pequenas, roliças, gordinhas, ovaladas, fininhas, etc.

O problema é que para conseguir as garrafas não vejo limites: já roubei garrafas da casa de amigos e de restaurantes e até já passei um dia no lixão da Muribeca procurando por elas. Se algum dia eu ganhar na Megasena acumulada, eu compro aquela fábrica de garrafas de Brennand. Aí eu vou ter uma fabrica de garrafas verde-escuras só pra mim.

Será isso normal? Freud explica?

Agradeço desde já,

Paetano Treloso
(que, assim como Rapunzel, mora na Torre, em Recife.)

* * * * * *

Prezado consulente Paetano Treloso,

Em primeiro lugar, esteja tranqüilo e confiante porque reconhecer o mal que o aflige e querer se libertar, visando a uma vivência livre, leve e solta (ui, nêga) das amarras psicológicas que tanto o atormentam já é um passo decisivo rumo à saúde e ao seu bem-estar e dos que o rodeiam, no sentindo pederástico do termo.

Pois bem. Digamos que, de um ponto de vista psicanalítico, você sofre de uma sociopatia congênita, que, tomados os devidos cuidados e procedimentos, poderá ser controlada, possibilitando-lhe uma existência menos atordoada e tresloucada. Sim...

Porém, não existe uma cura comprovada cientificamente, por assim dizer. Mas, não se desespere, pois não há nada que, no seu caso, meia hora de cu bem dado não resolva. Mas vamos por partes, como diria Jack, o estripador.

Bem, de acordo com a fotografia e o relato que me foram enviados (no sentido lippoandreniano da palavra), chegamos à conclusão que o consulente sofre do chamado comportamento obssessivo-compulsivo, cujo objeto de fixação (anal) é a famigerada garrafa de cor verde-escura. Esse transtorno comportamental ou sociopatia coloca-o nas mais diversas e constrangedoras situações, que muitas vezes o podem expor ao perigo e ao deboche alheio, pois poucas pessoas têm consciência que essa "mania" é, na verdade, uma doença sobre a qual o indivíduo em questão tem pouco ou nenhum controle.

Digamos que todo o mal tenha sua origem na infância do nosso consulente. Podemos inferir que, na mais tenra idade, essa criatura foi um larápio contumaz de mamadeiras, chucas e afins. No início, o sumiço desses objetos causou muito espanto às pessoas que dele se ocupavam. Aos poucos, foram percebendo que os objetos se encontravam malocados no carrinho, no berço e entre os brinquedos dessa criatura. Porém, um detalhe bizarro chamou a atenção da família: todas as mamadeiras e chucas eram encontradas, porém, sem seus respectivos bicos...

Infelizmente, ao invés de recorrer a uma ajuda profissional, a família tratou de reprimir esses anseios viadísticos do pequeno Paetano, o que culminou na patologia que hoje se percebe no indivíduo em questão.

Hoje, ao invés dos antigos consolos, o paciente transferiu, subliminarmente, seu objeto de fixação para as tais garrafas. Nessa esfera (já muito dilacerada e escoriada pelos acidentes de percurso ano-garrafal), o paciente consegue satisfazer seus desejos mais secretos sem toda a repressão sofrida na tenra infância, mesmo que ele tenha que conviver com o preconceito social.

Num processo de culpa extremamente doloroso (deve ser mesmo!), o paciente procura uma saída honrosa para a sua situação, já que a via natural de saída se encontra em frangalhos, coitadinha. Percebam o sofrimento desse ser humano, dessa pessoa que não mais controla seus desejos recalcados desde uma idade muito sofrida e que hoje, apesar dos rogos da família e dos amigos, não consegue parar e quer ganhar o mundo em busca da sua plena satisfação. Ainda bem que a garrafa da fábrica da Pitú, em Vitória, é preta...

O que podemos sugerir como uma forma de tratamento é um misto de técnicas terapêuticas, que vão desde a ingestão de óleo de rícino até a biodança. Primeira etapa: o consulente deve ingerir, de duas em duas horas, uma dose de 200ml de óleo de rícino. Desse modo, a parte anatômica envolvida no processo em questão estará ocupada o suficiente para que o paciente se abstenha da prática viciante que o compele ao roça-roça e ao sai-e-entra.

Depois de um mês desenvolvendo a terapêutica acima citada, passaremos a segunda etapa do tratamento. Que também é a mais dolorosa - não, o bocal dessa vez será preservado. Falamos da ausência psicológica que será vivenciada, pois o paciente terá que se desfazer das garrafas, jogando-as, uma a uma, num local previamente escolhido e que não seja do conhecimento do mesmo, pois o tempo todo a criatura estará vendado. Ui, mona.

A psicoterapia entrará (no sentido oro-buco-anal) como apoio ao luto que será vivenciado pelo indivíduo. Numa linha freudiana não-ortodoxa, o paciente será levado a deslocar sua fixação para a dança: ballet, jazz e lambaeróbica. Adverte-se que a Dança da Boquinha da Garrafa está totalmente proibida, pois poderá pôr a perder todo o processo de emasculação por tão duras (ai, mulher) penas executado.

Prescreva-se e subscreva-se o presente tratamento.

P. S. O paciente também deverá mudar de bairro haja vista a evocação, mesmo inconsciente, que sua designação topográfica pode remeter (ai, again, baby) à lembrança do antigo objeto de devoção.

Madame Ke. A Lenda. O Mito.


Madame Ke é profissional! Profissional! Profissional! Profissional! Profissional! Profissional! Profissional! Profissional! Profissional!

13 de setembro de 2005

Um Pesadelo


SoGréia


Coronel Yanossauro

Bas noite!

Como é que o sinhô tá?

Homi, eu é que não tô lá muito bom, não... O sinhô tá me vendo aqui encorujado né de doença não, é de enjôo, mesmo. Apois esta noite passada, de onte pra hoje, num tive um dos piores pesadelos da minha vida? Apois foi sim, um pesadelo. Eu sonhei que, cum perdão da má palavra, Zélia Mentirinha me aparecia pela frente e uma voz me dizia que eu, pra num morrer, tinha que (ugh!) beijá-la.

E o pior é que eu fraquejei, Dotô! Eu, sujeito home, que mama em onça e num tem medo de nada neste mundo, fraquejei e, pra num morrê, beijei aquela desgraçada! Agora deu nisso, tô derna que me acordei gritando que não posso comigo. Ou tô vomitando (de nojo ainda, ugh!) ou então fico aqui pensando na vida, na fraqueza que eu tive no sonho... Será que isso quer dizer alguma coisa, dotô? Será que eu tô amoleceno? Será a velhice chegano?

Agora... O sinhô me adiscurpe que vô lá drento tomá um chazinho de boldo pra ver se paro de vomitar... Té mais!


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A frase da semana


"Se cachaça fosse fortificante, o brasileiro seria um gigante."

Pergunte ao Ogro


[Mulher] Ogro, eu estou gorda?

[Ogro] Está!

[Mulher] (snif! snif!) Mas como assim estou gorda? Por que é que você está dizendo isso? (enxuga os olhos)

[Ogro] Karayo! É muito simples: Mesmo com você tendo 1,80m e 60kg, se eu disser que você está gorda, você vai chorar, me aporrinhar durante duas semanas por que não quer ir a restaurante, dizer que vai fazer dieta, comprar um porrilhão de adoçante e pão de centeio, se matricular numa academia só pra gastar o dinheiro e, depois de 2 a 3 semanas, a vida vai voltar ao normal. Agora, se eu disser que você NÃO está gorda, você vai dizer que estou mentindo, vai chorar, me aporrinhar durante duas semanas por que não quer ir a restaurante, dizer que vai fazer dieta, comprar um porrilhão de adoçante e pão de centeio, se matricular numa academia só pra gastar o dinheiro e, como "eu menti pra você", vou ter que dormir na sala por um mês de punição, mais as 2 semanas de reaproximação, quando não vai rolar nada. Assim, eu preferi dizer logo o que você queria ouvir pra, pelo menos, poder dar umas com minha mulher chorosa em paz. Entendeu?


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12 de setembro de 2005

Duas Armas?

SoGréia

Coronel Yanossauro

Pro Sinhô vê cuma são as coisas...

Outro dia eu estava aqui na fazenda, trabaiano muito de bem com a vida, quando toca o telefone e era a minha amada patroa chorano, por que um vendedorzinho de meia-tigela tinha ofendido ela. Cuma num sou home de ficar olhando pras parede,
botei logo Eusébio na cintura e acunhei pra Recife. Chegano lá, fui com a patroa resolvê esse pobrema. Já que a mãe dela tava sozinha em casa, levei junto, pra não ficar aperreando o cachorro.

Quando cheguei no fornecedor, fui logo soltano a voz pra chamarem o dono, que não trato com subalterno. O danado que veio falar comigo chega dava até pena de dar um sopapo, de tão pequeno e mole que era, acho que se ele levasse uma pancada de vento caía, mas eu não podia afroxar no meio da pendenga, né? Fui logo dizeno que não queria saber, o empregado dele tinha desacatado a minha patroa e tinha que, na mesma hora, vir pedir desculpa, que isso não se faz. O danado num tava lá, mas o tamborete de zona ligou prele na hora, e foi logo dizeno que eu tava lá pra resorvê-lo e que tinha levado duas armas. Claro que o safardana pediu desculpas à dona do meu destino, e nem era besta de não fazer o contrário. Quando tudo já estava arresorvido e um cafezinho da paz bem tomado, perguntei ao toco de amarrá cabrito cuma era que ele tinha visto outra arma comigo, se eu só estava com o meu 38 na cintura. Pie só pra resposta:

- Oxe! Esse aí bota medo, mas não tortura! O danado foi o sinhô ter trazido sua sogra junto. Aí é até covardia, até crueldade querer usar isso contra a gente, Coroné! Mas num se preocupe, se o sinhô num truxé mais ela aqui, eu le prometo que vai ficá tudinho do jeitinho que sua patroa inzigiu! Até boto o vendedô na rua!

O sinhô pie e veja... Num é que eu podia ser preso duas vezes por esse Estatuto do Crime e num sabiava? Agora vou começá a prestá mais atenção com quem ando...

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Pergunte ao Ogro


Você nunca ouviu alguma pergunta que lhe deu vontade de meter a mão na cara da pessoa? Apois eu já ouvi. E continuo ouvindo. Postarei aqui, em periodicidade devezenquandal, algumas dessas perguntas e as respostas que dou. Exemplo:

[Pergunta] - Ogro, que vestido você acha melhor eu vestir pra irmos à festa hoje
à noite, o vermelho ou o preto?

[Ogro] - Qualquer bosta, desde que você se apronte logo!


[Pergunta] - Querido Ogrinho, sou loira, tenho 1,82m, 67kg, 25 anos e não arrumo namorado. O que eu faço?

[Ogro] - Você já experimentou sair de casa? Seminua, com uma microssaia e uma blusinha tipo "mamãe vou dar"? Homi, se isso não resolver, venha cá em casa que a gente resolve seu problema num instante! E "ogrinho" eu fui faz muito tempo, vi?


[Pergunta] - Ogrinho, vou a uma rave hoje, e quero arrumar um homem. O que eu visto?

[Ogro] - Vista nada! Vá nua! Agora, tu quer encontrar homem em rave? Home e rave são duas coisas que não se misturam, que nem cachaça e gelo. Agora, se tu quer tentar mesmo assim encontrar um homem numa rave, acho que você devia mais é levar um cartaz de "procura-se homens". Luminoso.


[Pergunta] - Ogrinho, tenho 28 anos e ainda sou virgem. Vários namorados já tentaram me seduzir, mas eu resisti. Você acha que estou certa?

[Ogro] - Claro que está certa! Certamente doida! Tu é abestada de nascença ou piorasse depois? Homi, sai pra lá que doidiça pega! E "ogrinho" de cu é rola, vi?


Fonte: http://pergunteaoogro.blogspot.com

8 de setembro de 2005

Temperatura estável que vareia




Clique aqui pra ler no site do JC.

Jogos dos Oito Erros no JC - Parte II


Oh! Lindo Jornal!



1) O nome do programa é "Brasil Alfabetiza" ou "Brasil Alfabetizado"?

2) Pelo jeito, o repórter do JC vai ter que participar do programa.

3) Clique aqui pra conferir "os herros" na matéria no site do JC.

5 de setembro de 2005

A frase da semana


Sogra é que nem cerveja: só presta fria em cima da mesa.

Jogo dos Oito Erros no JC


Haprenda a iscrevê com o Jornau do Commérsssio:




Num tá acreditando não, é? Clique aqui!

3 de setembro de 2005

Pergunte a Madame Ke


Madama,

Descobri outro dia que tem nêgo me chamando de retrossexual. Quem dá o retro é a mãe deles! Camboio de cabra safado! Mas voltando ao assunto, só por que eu só visto calça jeans e camisa xadrez, tenho dois paletós pretos no armário, mastigo abeia pra chupá o mel, num tô nem aí pressas frescura de moda, tomo banho cum sabão em barra e chuto o poodle do vizinho (que aquela bosta num é cachorro em canto nenhum!) quando saio pro trabalho, e num tem estatuto do crime que me faça sair de casa desprevenido, os caba ficam me chamando de Flintstone, de Neandertal, de Capitão Caverna, e num esquento cadeira com mulé nenhuma, no máximo é 3-4 meses, não que eu queira passar o resto da vida ouvindo choradeira no pé do meu ouvido. Mas de volta ao assunto: O que é que eu faço pra arrumar uma namorada que me goste de mim como sou?

Atenciosamente,

Biu da Kombi

* * * * * *

Prezado consulente Biu da Kombi,

Realmente você é muito macho e não deve se ater a esses comentários depreciadores da sua viril pessoa. Por toda descrição que você faz do seu modo de vida, posso perceber que não é qualquer mulher que poderá se adaptar ao seu estilo low profile de ser e de viver. Sim, porque essas mulheres insensíveis e materialistas não têm a capacidade de perceber a sensibilidade latente (e latejante) que existe por trás de você, prezado Biu.

Não estou, contudo, tirando-lhe as esperanças de encontrar a sua cara metade. Ao contrário. Acho que você em breve encontrará alguém que te ame e que saberá te aceitar com todas as suas idiossincrasias. No entanto, você precisa compreender certos aspectos da vida com os quais
você terá de lidar doravante, se quiser, claro, levar a cabo (e ao rabo também) o projeto de uma existência vigorosa, cheia de afeto e satisfação pessoal.

Só alguém que compartilhe dos mesmos gostos e ideais poderá te fazer feliz, pois não são as diferenças que tornam um relacionamento viável, mas sim as semelhanças. Muitos enganos são cometidos em nome do errôneo preceito "os opostos se atraem". Em outros aspectos da vida que não os sentimentais, esse pressuposto se faz verdadeiro, porém no campo afetivo, não.

Com esse jeito brucutu de enxergar o mundo, você estará sempre precisando de um apoio mais forte, que lhe dê embasamento para enfrentar as agruras e a incompreensão do dia-a-dia. Mulheres cheias de faniquitos e não-me-toques só trarão infortúnio e frustração à sua vida. No início do relacionamento, isso poderá até te fazer sentir protetor e provedor, mas essa sensação logo dará lugar ao tédio e ao descontentamento. A falta de assunto e a impaciência darão o tiro de misericórdia e o amor sucumbirá por falta de motivação de ambas as partes.

Para que sua vida amorosa não se transforme nesse moto continuum, encare de uma vez a realidade: um homem como você, forte e másculo, só poderá ser feliz quando escolher alguém semelhante para dar todo seu amor e afeição. Sugiro que você dê uma chance ao cobrador da sua kombi e tente ser feliz. Sim, porque é preciso ser muito macho para encarar o bafo na nuca, para não falar em outra coisa que só aos dois, na intimidade de quatro paredes, compete.

Atenciosamente,

Mme. Ke, A Lenda. O Mito.



Madame Ke é a bala que matou Odette Roitmann.

Conte-nos o seu sonho ou mande a sua consulta para Madame Ke pelo e-meio obacurau@gmail.com.

Férias no Centenário


Nas férias antecipadas do Sport, o presidente do clube, Luciano Bivar, resolve fazer uma visitinha à Câmara dos Deputados. Lá, ele se encontra com o deputado Pedro Corrêa (o deputado do mensaLEÃO e que nas horas vagas é vice-presidente do mesmo clube):

- Bivar, você por aqui? Há quanto tempo...

- É Pedrinho... vim aqui te chamar para uma reunião na Ilha pra resolvermos os problemas financeiros do nosso clube...

- Nas Ilhas Cayman?

- Não, Pedro.

- Nas Ilhas Virgens?

- Não, homem. Na Ilha do Retiro!

- Onde fica isso? No Caribe?